26 de abril de 2024   
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Com dois acontecimentos de excepcional relevo, encerrou a Legião Portuguesa o ciclo das manifestações jubilares, relativas aos seus trinta anos de existência ao serviço da Nação.
Os dias 1 e 2 de Outubro de 1966 ficam ligados ao historial da patriótica organização, porquanto, um e outro, assinalam dois factos que se revestem do mais alto significado social e político: o jantar de confraternização legionária e a visita dos Chefes de Estado e do Governo, ao Quartel General da Legião Portuguesa, situado na Penha de França.
No mais amplo salão da Feira das Indústrias, primorosamente decorado, juntaram-se cerca de dois mil filiados, antigos e modernos, provenientes da área de Lisboa e, também, através de representações, de todos os Distritos do Continente.
O espectáculo teve impressionante grandeza, porquanto, ao fim de trinta anos de existência, pôde verificar-se que o espírito patriótico da Legião Portuguesa continuava vivo, decidido e firme, como nas primeiras horas da sua organização, e que a Pátria, se voltasse a ser necessário, poderia ainda, e sempre, contar com ela.
Ali se encontraram, lado a lado, como nos longínquos anos de 1936-37, legionários de todas as idades e condições sociais, desde os que foram altos dirigentes da organização, aos modestos filiados, que passaram ou se conservam nas fileiras.
O ambiente era de entendimento e da mais ampla fraternidade, sentindo-se que todos aqueles homens se consideravam, naturalmente, membros de uma só Família, reunida, em dia de Festa Grande, para celebrar uma data e fazer, ao mesmo tempo, perante o País, uma afirmação de presença.
Foram horas de enternecimento e reconfortante convívio, durante as quais se reviveram, com justificado orgulho, os trinta anos de vida da Legião Portuguesa, inteira e devotadamente consagrados à defesa do Pátria e à segurança do Bem Comum.
Os mais velhos, recordavam, aos novos, o que foi, em significado e beleza, aquele levantamento da alma nacional, em 1936, evocando episódios de abnegação e sacrifícios, que cimentaram as bases da Legião Portuguesa, em termos de tanta solidez, que, três décadas depois, sobrevivendo a tantas calamidades, que alteraram a superfície do mundo, se mantinha de pé, firme e actuante, sem acusar, no rumo das suas nobres intenções, o desgaste do tempo.
Os novos, por sua vez, herdeiros da mesma fé nos destinos da Pátria, e portadores do mesmo facho, revigoraram, neste encontro, o calor do seu entusiasmo, predispondo-se, com alegria, para honrarem, pelo seu esforço, pela sua valentia, pelo desassombro, pelo seu espírito de sacrifício, pelo seu inquebrantável amor à Pátria, as tradições da Legião Portuguesa, por tantos anos, quantos sejam necessários para que o inimigo se convença da inutilidade das suas tentativas de subversão.
Ergueram-se, neste encontro, algumas vozes, que tiveram, nas almas e nos corações dos legionários, especiais e alongadas ressonâncias, na medida em que, umas e outras, evocavam, com emocionado entusiasmo, os raros títulos de nobreza, que presidiram ao nascimento da Legião, em 1936, e a mantiveram, ao longo de trinta anos de vida, inflexivelmente ligada aos objectivos das primeiras horas.
Em nome dos antigos — dos que constituíram, por esse País, os primeiros efectivos da Legião Portuguesa — falou, com particular autoridade, o Professor Doutor Costa Leite (Lumbrales) que presidiu, durante longo tempo, à primeira Junta Central, acompanhando, neste lugar cimeiro, com a sua cultura e a sua inteligência, os passos definitivos da patriótica organização à qual se manteve ligado, pelo coração e pela alma, até à hora presente.
Ficam bem, arquivadas neste livro, algumas das suas afirmações, feitas, com manifesta emoção, nesta noite grande da vida legionária.
Ouvido em silêncio, pela sala inteira, e depois de haver analisado, em síntese, os primórdios do Movimento, a sua febril estruturação e o alto sentido das sua actividades, afirmou:
— «Nestes trinta anos, a Legião Portuguesa manteve, intactos, os princípios, sob os quais se formou. Serviu — e continua a servir a Revolução Nacional, e, por graça de Deus, sob a orientação do mesmo Chefe.
Tal como em 1936, sérios perigos ameaçam a integridade nacional — e Portugal carece de mobilizar todas as suas forças materiais e morais, para frustrar a acção do inimigo».
E definiu, a seguir, com académica clareza:
— «Inimigos, são os que atacam as nossas fronteiras e pretendem quebrar a integridade de Portugal, no seu património territorial e humano.
Inimigos são, também, ideias e estados de espírito, que visam quebrar a unidade da reacção nacional, contra a agressão, que enfrentarmos.
Contra todos, há que lutar, como lutámos em 1936: dando a vida, de armas na mão; combatendo todos os derrotismos e ideias pretensamente novas, com que queiram disfarçar-se; suportando e fazendo suportar os sacrifícios indispensáveis à manutenção do esforço de defesa, sempre na consciência de que, para nós, legionários, não vale a pena viver, senão como portugueses.»
E, dirigindo-se, especialmente, aos homens da primeira hora:

(Continua - parte I)


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