26 de abril de 2024   
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A Legião Portuguesa, intérprete fiel e atenta do pensamento de Salazar e defensora intemerata da sua doutrina andou sempre, desde o primeiro momento da sua existência, firme e indissoluvelmente ligada à vida do grande Estadista.
Tinha logicamente de ser assim.
A Legião nasceu para servir a Pátria — e não a serviria bem, ou servi-la-ia imperfeitamente, se não se houvesse colocado, sem reservas, nem condições, com fervor e paixão, ao serviço do seu melhor e providencial SERVIDOR.
De facto, nenhum das centenas de milhar de filiados, que passaram pela organização, atraiçoou este imperativo de consciência, quebrando o juramento de fidelidade ao Chefe da Revolução Nacional.
Quando, em 1936, a Legião se formou, Salazar era já, incontestavelmente, para todos os portugueses, o mais alto e o mais sólido valor da Nação, representando a sua permanência à frente do Governo, uma tranquilizadora segurança no encaminhamento dos destinos da Pátria.
Sabia-se que, com ele, os temporais seriam vencidos, as dificuldades ultrapassadas, a dignidade nacional defendida, as fronteiras respeitadas, o prestígio aumentado, o progresso desenvolvido, e a paz interna garantida e consolidada.
Sem ele, sabia-se, igualmente, que a Nação inteira voltaria ao caos anterior a 1926, perdendo-se na voragem das lutas sanguinolentas, desencadeadas pelos partidos políticos, toda a obra maravilhosa, até então realizada.
Sem ele, garantindo, com a sua privilegiada inteligência, a sua vasta cultura, a sua impressionante sagacidade política, o seu profundo conhecimento dos homens e das coisas, o seu incomensurável patriotismo, a sua firmeza, o seu espírito de abnegação e de sacrifício — tudo estaria novamente perdido — e, desta vez, ninguém sabe em que dramáticas circunstâncias, que poderiam aproximar-nos do angustioso «finis Patriae».
Com ele, a Revolução prosseguiria o seu caminho na direcção do futuro, resgatando os valores perdidos, restaurando e fortalecendo a unidade nacional e dando ao povo português a fé nos seus destinos e a plena consciência da sua missão no mundo.
Deve dizer-se, ainda, que, em 1936, pelas razões atrás apontadas, de carácter internacional, se viviam momentos da mais profunda inquietação e que nenhuma Nação da Europa se poderia considerar isenta de possíveis calamidades.
Nos horizontes do mundo andavam nuvens negras, agitadas por ventos desencontrados, e os povos sentiam, ainda indefinida, mas certa, a presença de graves ameaças, vivendo a natural angústia que precede as grandes calamidades.
Por estas razões, somadas a tantíssimas outras, a presença de Salazar no Governo, como verdadeiro Chefe da Revolução Nacional, constituiu para a Legião Portuguesa, desde o primeiro minuto da sua existência, até hoje, o problema fundamental da sua própria vida.
Qualquer legionário, fossem quais fossem o seu grau de cultura ou posição social, ao inscrever-se, para a vida ou para a morte, fazia-o em obediência a duas simultâneas solicitações de consciência: servir a Pátria e servir Salazar, na medida em que Salazar, comprovadamente, servia a Pátria.
De facto, ao longo de trinta anos de permanente actividade, a Legião Portuguesa não se afastou um só minuto, desta firme posição, reafirmando-a, todos os dias e em todas as circunstâncias.
Para todos os legionários do País inteiro, do mais modesto ao mais elevado escalão, estabeleceu-se, como regra imutável da vida, que «Salazar» não se discute: «defende-se e serve-se», visto que, defendê-lo, corresponde, sob todos os pontos de vista, a servir a Nação.
Inúmeras vezes, no decurso dos últimos trinta anos da vida nacional, tão cheia de sobressaltos e contingências, a Legião Portuguesa deu público testemunho desta imperturbável fidelidade.
Nunca, nas horas boas ou nas horas más, deixou de marcar, vigorosa e desassombradamente, a sua presença, como força de apoio, junto do Chefe da Revolução Nacional, sem regatear sacrifícios, nem condicionar esforços, ou ter necessidade de especiais convocações.
O caminho fora marcado pela consciência de todos e de cada um dos legionários, com tal poder de convicção, que nada e ninguém poderiam modificar o rumo.
Ontem, como hoje, e, hoje, como amanhã, a Legião Portuguesa orgulha-se de ter sido, e espera continuar a ser, pelos tempos fora, uma força constante de apoio, dedicação e fidelidade, à política nacional de Salazar.
Atento às realidades e inflexível julgador dos homens e da vida, ele compreendeu, na sua justa medida, a extensão e o patriótico significado desta constante atitude, tomada e mantida, sem hesitações, pela Legião Portuguesa.
Avesso a exteriorizações de carácter sentimental, que não tenham sólido fundamento, mas eloquente nos gestos e nas palavras, que tomam, por isso, especial relevância, Salazar deu provas inequívocas do apreço, que a Legião Portuguesa lhe merece, na sua imperturbável fidelidade ao regime, saído da Revolução Nacional.
E, assim, teve sempre uma palavra de carinho e de comovido afecto para esses milhares de homens, que, disseminados pelo País inteiro, em cidades, vilas e aldeias, em planícies, vales e montanhas, se dispuseram, voluntariamente, sacrificando tudo, a servir a Pátria, correndo todos os riscos, que tão árdua tarefa pudesse impor-lhes, sem o pensamento em qualquer retribuição, que não fosse a certeza de cumprirem, na hora própria, o seu dever de portugueses.
Além das palavras que escreveu, e das quais tomou conhecimento o país inteiro, em 29 de Maio de 1937 e 28 de Maio de 1939, que se transcrevem neste livro, a págs. 43 e 83, registam-se, pelo seu alto relevo, as que, pessoalmente dirigiu aos legionários, nas memoráveis jornadas de 11 de Março de 1938, no Ginásio do Liceu Camões, e de 8 de Dezembro de 1956, no Pavilhão dos Desportos. Pela sua alta importância, arquivam-se a seguir:

NÓS SOMOS UMA FORÇA DESTINADA A VENCER...

Legionários! Além do que possa significar a minha presença entre vós — pouco ou muito, vós o avaliareis — para mais não vim que para ouvir, gritada a toda a força dos pulmões sadios e do entusiasmo viril, a palavra que sobre tudo o que pudesse dividir, nos une na mesma aspiração, na mesma luta e cremos firmemente que na mesma vitória: Portugal! Não vim para mais nada, repito, mas porque vim, terei de dizer algumas palavras, muito poucas e certamente desnecessárias para quem não precisa de encorajamento e revela tal consciência do dever que prescinde mesmo de louvores.
Nós não somos uma força destinada só a batalhar; nós somos uma força destinada a vencer e a manter intacta a vitória; e é por isso que em cada peito legionário, em cada bandeira, em cada quartel ou acampamento há-de poder ler-se, gravado por vontade de aço, esta legenda simples: aqui não reside o temor. Vieira escreveu magistralmente: «a audácia é a metade da vitória e quem temeu ao inimigo já vai vencido». Eis onde eu veria um risco enorme; por isso, antes de apelar paro o sentimento, não fujo, segundo a minha predilecção, a fazer apelo à inteligência, e desta solicito as razões de não temer.

Parte I


A Legião Portuguesa (20)

Legião Portuguesa: Expressão da Consciência Moral da Nação!
Trigésimo aniversário da Legião Portuguesa, 1936 – 1966, no quadragésimo ano da Revolução Nacional.
A Legião e Salazar

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Música de fundo: "PILGRIM'S CHORUS", from "TANNHÄUSER OPERA", Author RICHARD WAGNER
«Salazar - O Obreiro da Pátria» - Marca Nacional (registada) nº 484579
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